sexta-feira, 13 de julho de 2007

A Luz Da Lua


Alva tua pele que me aquece
Deixando-me em eterno padecer,
Maltrata-me e imacula um querer
E tortura nos pensamentos que tece.

Numa história onde minuto se esquece
Esse perpetua na poesia,
Guardando secretamente o que enlouquece
Com singela e simbólica alegria.

Tempo pouco banhado pelo luar,
Guarde com carinho em tua mente
Pois guardo no coração um sonhar

Que naquele conto fez-se presente
A perfeição do mês fez encontrar
Os segundos vividos eternamente.

Um Socorro

Ao topo da chapada,
Lá no alto da serra,
Vejo abaixo a dor que berra!
Esfumaçando e subindo a escada.

Vejo-a totalmente engrenada,
Desvirginando a pura inocêcia
Invadindo, se mostrando insaciada,
Destruindo toda um vivêcia.

Incalculável tamanho prejuízo,
Desafiando brincando com a essência,
Usando os seres sem juízo

Esses esperando com paciência,
O fim dos tempos que profetizo,
Sem as verdes cores da conciência.

Candeias

Grande formigueiro explodindo,
De conta em conta se tece o rosário,
De fita em fita conduz-se o sacrário
Andanças de um povo indo.

Na fé eles vão se esvaindo,
Que já rói o saco da esmola,
Os perdido santos vãos falindo,
Com a moeda que cai e atola.

Mesmo com a crendice ensandecida
Existe uma rara confiança
A pensar numa história vivida,

Querendo encontrar na criança
A ingenuidade a ser servida
Que os olhos brilhem esperança.

O Silêncio e Eu

No silêncio em que grita o desespero
Descompensa e descompassa o impuro
Onde berra um silêncio imaturo,
Minha voz perde-se no argueiro.

Assim, descobrindo-se por inteiro,
Ouso alguns sons em apuros
Um ruído maltratado e arteiro
Mente a mim que lhe enclausuro.

A só, com o som do inerte
Flutuo querendo que se acerte
Minha mais inconstante agonia.

Choro sorrindo ao engano
E grito do sopé serrano
Mas me calo com minha desvairia.

Capitão da Folia

Comandando a tropa da alegria
Ele aparece com toda irreverência
Estampando no corpo a malemolência
Deixando o ar emm nostalgia.

Invadindo e espalhando a magia!
Contaminando e dominando agente
Cultivando e cativando a maestria
Seu humor irradia naturalmente.

Sua cara de preto pintada
Assusta mas nos deixa contente
Animando a vida cansada

Onde o tempo passa de repente,
A cafuringa brilha ensolarada
Comandando a tropa alegremente.

Louco

Os traços que nos riscos se escrevem
Nostropeços eloqüentes de uma rima
Ensangüentam e crivam minha sina
Ensinam-me quando serverm.

Onde logo nos instantes que remetem
Quando outrora voava no pensamento,
A sonatas confusas se invertem
Camuflando e e trantornando o momento,

Esses traços que hoje me corroem,
Maltratam-me e torturam-me a estrada
São linhas curvilinhas que constroem

A vida triste e inconfomada
São riscos e traços que destroem
A sentença da hitória indesejada.

Ruído Na Comunicação

Um ruído em nossa comunicação!
Falha nos transmissores da sintonia!
Esse xiado robusto já denumcia
A baixa freqüencia do coração.

Desejando realizar a conecção
Imagino alinhar os pensamentos
Paralelos à própria criação
Oscilando entre todos os momentos.

Os cabos e fios que se ligam
No entrelace confuso da poesia
Constroem as vias e edificam,

A antena do amor em demasia,
Sintoniza os cabos que ficam
Ligando as mentes em harmonia.

Cruz

Na seca onde, onde o chão é rachado,
A chuva inunda as vidas
Fendando e abrindo feridas,
O luto movendo-se estampado.

O sol lá no alto destacado,
Ilumina o sangue seco no chão,
A ave preta paira sobre o gado
Morto em árdua putreção!

A capelinha de barro resistente
Sobrevive aos ataques da escória,
Andarinhos perdidos nos repentes,

Das violas caladas pela história,
Ocultados e presos nas corretes
Fétidas e opressoras da glória!

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Sou e Sobrevivo

Oh! senhora de preto oculto!
Perdoi-me por não ir agora.
Mesmo sabendo que é minha hora
Porém não sou mero vulto.

Sei que tod tempo te escuto
Mas vejo que nada me ignora
Hoje, não sou simpes arbusto
Ao contrário que era a horas

Sou límpido, vívido e placido,
Sou rasteira na morte engatilhada

Sobrevivo corroendo ácido,
Duelando pela vida armada
No xadréz dessa história (ávido)
Sou eu nessa guerra preparada.

Prantos em Janeiro

Ressou de longe o estrondo.
É ela quemmanda anunciar,
Ponho a cabeça para espiar
E deparo-me com um encontro!

Ela vem beijar-lhe aos prantos,
Ele, seco sem falar,
Ela cai em seu encantos
Ele com pilherias a negar.

Mas como sempre é inevitável
Nem carecia reistir,
Esse amor é incalculável

É ouro a se fundir,
É crcistal inquebrável
É a chuva a cair.

Kariri

Sou índio dessa tribo

Sou filho do povo Kariri

Minha adaga vive a ferir

Minha flecha no alvo é certeira,


Quando rezo da minha maneira

Os Deuses se elevam a subir

Incensada roda que cheira

Mata viva querendo engolir.


Na cabocla vejo a beleza

Que os deuses lhe confiou

És bela com força e firmeza


És como o sol que te marcou

São as nossas grandes riquezas

Que Badzé abençoou.