quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Dia de Reis

Vontade de sair passarinhando pelo céu
E escrever nas nuvens a leveza dos pensamentos.
Vontade de ser chuva desaguada
Dos teus olhos alvos de inocência.

A claridade do som,
Me permite viver os teus dias
Me permite planar em teus sonhos
Me permite ainda abrir as portas da tua mente
E fazer, no teu terreiro, brincadeira de dia de Reis

E trajado de guerreiro
Meus pés pisam os ladrilhos em mormaço
A caldeira que emerge borbulhante
Derrama nas paredes do tempo
O amarelado do sol sertanejo.

E assim me vou!
Guardando no bisaco os presentes dos Deuses
Levando no olhar as centelhas celestes,
Desarmando meu presépio, juntando e rejuntando
Os pedaços de mim para o ano que vem.