sexta-feira, 13 de julho de 2007

Cruz

Na seca onde, onde o chão é rachado,
A chuva inunda as vidas
Fendando e abrindo feridas,
O luto movendo-se estampado.

O sol lá no alto destacado,
Ilumina o sangue seco no chão,
A ave preta paira sobre o gado
Morto em árdua putreção!

A capelinha de barro resistente
Sobrevive aos ataques da escória,
Andarinhos perdidos nos repentes,

Das violas caladas pela história,
Ocultados e presos nas corretes
Fétidas e opressoras da glória!

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