sexta-feira, 13 de julho de 2007

O Silêncio e Eu

No silêncio em que grita o desespero
Descompensa e descompassa o impuro
Onde berra um silêncio imaturo,
Minha voz perde-se no argueiro.

Assim, descobrindo-se por inteiro,
Ouso alguns sons em apuros
Um ruído maltratado e arteiro
Mente a mim que lhe enclausuro.

A só, com o som do inerte
Flutuo querendo que se acerte
Minha mais inconstante agonia.

Choro sorrindo ao engano
E grito do sopé serrano
Mas me calo com minha desvairia.

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