segunda-feira, 21 de março de 2011

Um Abraço Negado

Não posso impedir tuas vontades,
Não posso impedir tua fúria e
Não posso figurar-te os olhos
E congelar os momentos, as palavras os impulsos.
Poderia, sim, abraçar-te e fazer desse momento
um aconchego mais que verdadeiro ou mais que sonhador.

Não sei por onde andaram teus olhos sobre mim
Pois quando me negaste um abraço
Senti-me coberto por uma hipocrisia
Que mesmo que eu soubesse que não me pertencia
Ja me via ali, parado e envolto em tão horripilante sensação.

Como se fora uma rajada de farpas
Minha alma sentiu abrupta negativa.
Um virar de rosto, um abraço negado,
Um sorriso tingido de choro, enfim, um não.

A impotência de não poder te acalmar o coração
Foi a afirmação mais concreta de que os sentimentos existem,
Mas falham, machucam e deixam tatuado na alma algumas palavras,
Palavras essas que jamais serão corroídas pelo tempo,
Palavras que o vento será incapaz de levar,
Palavras que ão de ter significados diferentes
Pois à tudo o que é vivo o tempo há de transformar.

terça-feira, 8 de março de 2011

Mãe D'água, Mulher

Mãe da terra sagrada,
Férteis teus sonhos e quereres de mulher,
Ao sopé da chapada deleita-nos o teu cantar
Alimenta essa tribo e e faz-se de uma em em mil.
Serpenteia essas águas, esse solo
E consagra ao vento o poder da tua voz,
Pois quando acordares sereis majestosa
E tua calda de pedra varrerá as impurezas da terra.

Sois mãe desse povo, desse chão e desse sonho!