terça-feira, 8 de abril de 2008

"""" Vida """"

Não se sabe se a vida
é ponto, ponto-e-vírgula,
se é dois-pontos.
não se sabe o que essa interrogação
tão altiva, tão cheia de interjeição
que sopra nos ouvidos do tempo,

Por certo,
o tempo saiu, foi embora,
e nem se quer disse adeus.
de certo,
montou nas asas inquietadas da sorte,
e voou para o nunca.

É, destino, destino...

Quando sonhei, esperei que vinhas ao encontro dos nossos destinos. Jamais te aguardei de corpo, voz ou qualquer outra forma que pudesse justificar tua presença física, contudo, te esperei de coração desabrochado... desabrochado, e não despetalado.

Amor Temporão

Meu colarinho de pedras
contas de saudade,
resto de canção,
canta sim,
fagulhas de chão.

Liras soprando flores
nos rastros da liberdade
teus olhos vencerão.
Nas pedreiras,
do amor temporão.

Mas os olhos que não fecham
vêem que a brasa fere
árdua a cantar,
crivas dores do teu riso
mazelas que vivo
sempre a curar.

sombras brancas da tua face
aurora que nasce
à amarelar,
cores, doce de canção
clara recordação
nuvens do meu lar.