segunda-feira, 27 de agosto de 2007

No querer da tua presença

Meus olhos debulharam o orvalho
das tuas doces risadas de domingo,
os conflitos errantes do teu desejo
sopraram confusos ventos de bem-querer,
que resfriaram ar seco da minha mente
sem saber se fazia sol ou chuva...

Mas o vento se fazia presente,
sem observar, nem mesmo ao certos,
se o sol estava escancarado no céu, derretendo minha fronte
ou se a chuva que caia e deixava minha vista turva,
inundava meus sentidos de saudade.

Na tua falta não sei o que sou,
não sei se sou sol, não sei se sou chuva,
só sei que tua presença é como esse vento
que me abraça, num aperto de vontade e de querer.

sábado, 4 de agosto de 2007

Brisas marítimas!!!

Quando essa loa cair
Do alto do tempo te ver viajar
E lá de cima o sol a pedir
Um brilho intenso onde mina o mar

Peço morena que ti
Depressa escute essa brisa passar
Rasteira e leve a te possuir
Correndo ligeira sem lhe esperar


Mas se o mar te assustar
E te entristecer
Vou correndo te buscar
Ao entardecer
Vou cantar pra te ninar
Frente aos raios do luar
Assim quero padecer

No encanto dessa brisa
Meus olhos derramam as aguas do mar
Buscando horizontes perdidos no céu
Na infinitude clareia o luar

Quando em teus pensamentos
Meus sonhos poderem em ti penetrar
Ver as estrelas lá no firmamento
E teus olhos luzirem as águas do mar

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

A dor, o suplício!!!


Cravejei as laminas cortantes
que rosnavam destruindo meu peito,
me jogue nos espinhos gritantes
orvalhados, agudos, perfeitos...

mas outrora sorrira sem engano,
entoara as mais sublimes canções
veredadas nas estradas dos corações
incorporadas e assinadas pelo tempo,
sublinhadas e grifadas sem tormento,
engrenando os acordes dos corações.

Sombra

Ao deparar-me em versos sangrios,
procurei não esmorecer,
solfejei os açoites sombrios
quando vi o entardecer.

mas não escondi-me ao torno da sombra,
lamparinhei a réstia escura,
incorporei a criatura
que encostado à alma escombra.