Não permitirei no dia de hoje,
Que afunde os teus olhos de amplitude
Nesse rio caudaloso de dificuldades.
Pois seria incompreensível aos teus desejos,
E sendo ainda implacável ao teu entendimento,
Não gozaria as risadas mais silenciosas do teu íntimo
Apenas, viveria uma realidade às avessas
E não um sonho vespertino, frondoso...
Aplaudir os devaneios de uma noite rubra,
Seria apontar no teu céu uma estrela perdida
E montá-la, descobrir em cada um dos sete pedaços
Os sete níveis que dividem a nossa essência,
Do primeiro ao ultimo, do início ao fim,
Da existência à inexistência, da glória ao caos...
Buscaria o teu som, os teus sentidos e o teu amor.
E buscando a salvação, gritarei!
Gritarei do alto desse vale, e no cume da chapada
Farei reluzir teus olhos, pois só neles me vejo
Na minha real face, nos meus mais verdadeiros sentidos.
Aplaudiremos juntos os acontecimentos dos dias
E saberemos da real necessidade de conduzir-se
E, cronologicamente, descobrir os pontos dados,
Os retalhos soltos da nossa história.