sábado, 1 de outubro de 2011

A Casca


Espesso... ríspido... carrasquento...
A beleza escondeu-se por dentro da crosta endurecida e de repente aquela voz suave e doce se desfazia em um segundo. Deu o mel que não tinha e a atingiu a todos com amargor que decorria dos olhos e o que era luz, naquele momento, transformou-se num mero balbucio. A poesia se desfez, o encanto se desfez, a satisfação de receber uma chuvarada de belas melodias rolou feito água de enchente... 
Devastando os olhares verdejantes tomou seu violão em mãos e apontou a alma de cada coração e decretou:
"Eu não sou o que você quer eu seja, eu não quero ser..."
Descubra-se em meio aos sentimentos...