quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Passarinhando Desejos


Dia e noite cantariando
Passarinho felicidade
Feito o versos na verdade
Na leveza do voar
E do sol se pondo a raiar
Beijando nuvens de algodão
Minha cantiga é uma oração
Rogando por longa vida
Meu canto alto se ativa
Ao olhar pra esse chão

Se dueto minha história
Feito viola em pensamento
Meu tracejado vai ao vento
Perdurando esse caminho
E se me vejo tão sozinho
É por tanta obrigação
De cantar com intenção
De alegrar os seus desejos
Sentir o gosto dos beijos
banhados de emoção

Duas almas que se encontram
Num terreiro grande a dançar
Um forró, um tango, um bailar
Uma valsa, um samba numa latada
O tempo para e pede entrada
Pra assistir emocionado
A dança do corpo alado
Que nos olhos da-se um nó
Levantando terra e pó
Nesse ar contagiado

Pois se fez um grande nó
Que é incapaz de desatar
E tudo se pôs a parar
Pra apreciar aquele momento
Girou o tempo a seu intento
Até a chuva caiu maneira
Da primeira até a derradeira
Gotejou numa lentidão
Fez-se lágrima em ribeirão
desaguando em ribanceira

Nas voltas que a terra gira
Eu volteio num cantar
E me deixo passarinhar
Sem dizer se é certo ou errado
Mas trago o vento ao meu lado
Curando dor de paixão
E me levanta desse chão
Aplaudindo a subida
E torno a viver a vida
Desse vôo Temporão.

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