
Poderia hoje, jogar tudo para o alto, e não me permitir ver o luzir das estrelas e o arredondar da lua cheia.
Poderia hoje esquecer de tudo aquilo que, mesmo aos trancos e barrancos, se fazem importante dentro do meu ser.
Poderia hoje, perdurar pelas linhas tortas que tecem meus pensamentos e perder-me, sem nenhum rancor por não voltar à orbita natural da vida.
Poderia ainda hoje, atirar-me no despenhadeiro e fingir, tal qual uma leve pena, que chegaria intacto ao meu destino final.
Poderia ainda nesta noite tudo isso e mais um pouco, no entanto, prefiro ficar na fronteira entre a noite e o dia, esperando que a lua caia e que o sol, com o seu invólucro dourado e rajante amarelar, venha brindar o trinar de mais uma canção!
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